sábado, 9 de julho de 2016

Pode ser numa casinha velha

(...) mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, pois o veremos como ele é. (I João 3:2)

Pra quem é cristão, uma das maiores promessas feitas por Deus está relacionada ao encontro face a face e à eternidade de comunhão com Ele. O Rei humilde, ao pisar nosso chão, preocupou-se em nos falar sobre isso em diversas ocasiões, inclusive, apontando sinais que indicariam a proximidade do evento. Os apóstolos deram continuidade ao assunto, trouxeram novos detalhes, principalmente João, que através de uma forte experiência na Ilha de Patmos, escreveu o livro mais futurista e enigmático da Bíblia: Apocalipse. Nesse livro, o autor traz alguns detalhes materiais da eternidade, a beleza da Nova Jerusalém, marcada por ruas de ouro e adornos de pedras preciosas. Um cenário de perfeição que coaduna com a grandeza do Criador de tudo o que existe. 

Particularmente, considero que muitas das coisas que João viu eram inusitadas, de forma que ele tentou aproximar tais características ao que era conhecido em sua época, assim, as pessoas poderiam ter uma noção um pouco mais clara do porvir. Mas mesmo com todas as informações contidas no livro sagrado, percebo em mim e nos que estão ao redor tantas dúvidas, tanta curiosidade, tantas teorias. Quantas vezes me pego tentando imaginar a estrutura, a interação entre as pessoas...o que faremos lá? Deus não poderia ser ainda mais específico? Mas talvez o seu silêncio nos revele a verdade de que nada disso importa, Ele estará conosco, isso está claro e é tudo o que precisamos saber. 

Ontem encontrei uma composição de um cantor chamado Pedro Valença que fala sobre isso. Inicialmente, a música traz a ideia de perfeição que gira em torno da promessa da eternidade - boas moradas, bela paisagem, descanso, longevidade - mas logo em seguida, o compositor redireciona o nosso olhar para o que realmente importa: estar com Deus, ouvir suas histórias, contemplar seus olhos...e esse é o ápice de tudo o que podemos sonhar. Sendo assim, os demais pontos não passam de detalhes, estando com o Eterno, a eternidade poderia até ser numa casinha velha, distante de tudo e todos. O que importa é Ele, nosso convívio que se inicia aqui e culmina no encontro sem fim.

Um comentário:

  1. Lindo texto e mensagem.
    Sabe, vou fugir do tema casa, para dizer o que sinto o que me importa no momento
    outro dia levei um tombo e bati a cabeça na quina de uma mesinha lateral.
    Meu amigo! já ia me despedindo da vida, e fui orando o Pai Nosso e avisando marido e filhos pelo celular. Resumindo. Hospital. tomografia. nada aconteceu de grave.
    Mas num instante o que se passou na minha cabeça foi que De nada adiantava certos bens materiais. Clamei a Deus nesse momento. Era Ele quem era o meu socorro naquele momento.
    Tenho fé, muita fé .

    também eu estou ausente, mas agora listei seu blog numa lista, e sempre virei aqui.
    abraços
    bom estudo!

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